A Estrela de Belém é um dos elementos mais intrigantes e debatidos da narrativa do nascimento de Jesus. O que teria sido esse astro celestial que, segundo o Evangelho de Mateus, guiou os Magos até o local de nascimento? As principais explicações variam entre fenômenos astronômicos naturais e a possibilidade de um milagre.
O cometa Halley e a teoria dos cometas
Uma das explicações mais antigas e intuitivas para a Estrela de Belém é a passagem de um cometa. Esses corpos celestes são frequentemente espetaculares e visíveis em uma ampla área, e as civilizações antigas costumavam interpretá-los como presságios de eventos importantes.
O famoso cometa Halley, por exemplo, tem aparições bem registradas. Ele foi visto em 12-11 a.C. e novamente em 66 d.C. Sua passagem em 12 a.C. está registrada no livro astronômico chinês, o “Livro de Han”. O historiador romano Cássio Dio também associou a aparição do Halley nos céus de Roma à morte do general Marcus Agrippa.
No século III, o teólogo cristão Orígenes de Alexandria tentou explicar os movimentos peculiares da Estrela de Belém, sugerindo que ela deveria ser classificada entre “os cometas que ocorrem ocasionalmente, ou meteoros, ou estrelas com barba ou em forma de jarra…”.
Por que a teoria do cometa é questionável
Apesar de ser uma hipótese popular, a teoria do cometa apresenta sérios problemas de cronologia e de comportamento astronômico:
- Aparência e Cronologia: O cometa Halley, o único candidato plausível, apareceu em 12 a.C., o que é considerado muito cedo para coincidir com o período do nascimento de Jesus, visto que o Evangelho de Mateus menciona Herodes, o Grande, que morreu por volta de 4 a.C.
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Comportamento da Estrela: O relato de Mateus descreve a estrela como algo que os magos viram primeiramente “ao nascer” (no leste) e que depois “ficou sobre” uma casa específica. Os cometas, no entanto, se movem de forma suave e previsível, e não têm a capacidade de “pairar” sobre um local preciso.
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Simbolismo Negativo: Na antiguidade, os cometas eram frequentemente vistos como presságios de desastre e não de boa sorte. O historiador judeu Josefo registrou um cometa sobre Jerusalém antes de sua destruição. O autor Raymond Brown aponta que, se a estrela fosse um cometa, é difícil entender por que os magos teriam seguido um presságio tão negativo até Belém.
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Outras teorias em debate
A Estrela de Belém é frequentemente atribuída a outros fenômenos naturais que não um cometa. Muitos astrônomos e teólogos sugerem que ela pode ter sido:
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Uma supernova: A explosão de uma estrela de grande massa, gerando um brilho intenso e de longa duração. No entanto, não há registro histórico chinês ou coreano de uma supernova nesse período.
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Uma conjunção planetária: Um alinhamento excepcionalmente próximo de dois ou mais planetas, como Júpiter e Saturno. Há registros de uma tripla conjunção de Júpiter e Saturno em 7 a.C., um evento que teria sido incomum e visualmente significativo. Muitos consideram esta a explicação natural mais provável.
