A extinção do pássaro dodo O dodo, uma ave que não voava e era endémica da ilha Maurício, tornou-se um dos símbolos mais conhecidos da extinção causada pela atividade humana. Pertencente à família dos pombos, esta ave evoluiu num ambiente sem predadores naturais, o que resultou na perda da sua capacidade de voar e no desenvolvimento de uma natureza curiosa e dócil.
No final do século XVI, com a chegada dos navegadores europeus, este isolamento foi interrompido, dando início a um rápido declínio populacional que levaria ao seu desaparecimento total em menos de um século.
O impacto da chegada humana A extinção não ocorreu apenas devido à caça direta pelos marinheiros, mas principalmente pela introdução de espécies invasoras no ecossistema da ilha. Animais como ratos, porcos, macacos e cães, trazidos nos navios, atacavam os ninhos dos dodos, que eram construídos no chão, e consumiam os seus ovos e crias.
Além disso, a destruição gradual das florestas para a extração de madeira e o estabelecimento de colonos reduziu drasticamente o habitat natural e as fontes de alimento disponíveis para estas aves.
O legado de uma espécie perdida O último registo aceite de um dodo vivo data de meados do século XVII, marcando o fim de uma espécie que o mundo mal teve tempo de conhecer cientificamente. Durante muito tempo, o dodo foi visto como um mito ou uma criatura folclórica, até que restos fósseis foram descobertos e confirmaram a sua existência histórica.
Hoje, a sua história serve como um aviso fundamental sobre a fragilidade da biodiversidade insular e a responsabilidade humana na preservação de espécies vulneráveis em todo o planeta.
